Guilherme Arinelli

Adolescentes e educadores: construindo relações dialógicas mediadas pela arte

O caderno foi realizado a pedido da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, por meio do Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA) em parceria com diferentes profissionais. A presente edição, que compõe a série Diálogos com o NAAPA, traz reflexões sobre o período da adolescência. Este momento do desenvolvimento, tão desafiador e rico no que se refere à construção da subjetividade e da alteridade. O material busca deslocar o olhar da perspectiva marcada por conflitos e estigmas para construir uma leitura da adolescência como um período potente do desenvolvimento em que o futuro se manifesta de forma aberta e indeterminada. Defende-se que tal compreensão pode ser o início do diálogo que se busca estabelecer entre o educadores e o adolescentes.

Nesse sentido, propõe-se a utilização da arte como materialidade para construir diálogos com os adolescentes. O uso de tal ferramenta sustenta-se na perspectiva da Psicologia da Arte, na qual se compreende que as diferentes formas artísticas trazem o sensível na sua linguagem, permitindo a expressão e representação de inúmeras sensações e angústias presentes em nossas vidas. O diálogo entre adolescentes e educadores nasce de uma escuta atenta e interessada, capaz de produzir sentidos e significados que transformam as relações dentro e fora do contexto escolar.

O caderno também apresenta relatos de experiências de educadores e estudantes, como mais uma ação promotora de aprendizagem e desenvolvimento.

Série “Diálogos com o NAAPA

Série Diálogos com o NAAPA originou-se a partir de diversos encontros entre o NAAPA e a comunidade escolar durante os meses de março a dezembro de 2020. Os encontros promovidos pelas equipes tinham como objetivo inicial ouvir os profissionais da Educação a respeito do impacto causado pelo distanciamento do espaço educacional, bem como refletir acerca de estratégias para ressignificar a experiência docente, compreendendo a necessidade de se reinventar num tempo em que o contato com o outro nos é restrito.

Os assuntos contemplam os sentimentos de ansiedade e medo, a construção do trabalho coletivo na escola, vulnerabilidade para além da desigualdade social, adolescência e, também, a oferta de práticas pedagógicas que contemplem as necessidades dos estudantes com doença crônica ou submetidos a tratamentos de longa duração pela Pedagogia Hospitalar. Os cadernos possuem um formato curto, disponibilizados tanto na versão digital, quanto impressa.

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