Desde março de 2020, a pandemia e o isolamento social decorrente dela impactaram profundamente as nossas vidas, agravando ainda mais as desigualdades sociais em um clima de medo e desesperança. O presente artigo apresenta reflexões sobre práticas para a atuação do psicólogo escolar, bem como seus impactos no fortalecimento de coletivos no compromisso com a transformação de contextos educacionais durante o período da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Ao assumir as proposições desenvolvidas por Lev Vigotski como base teórico-metodológica, o enfoque das discussões lançadas direciona-se ao relato e a análise de duas práticas desenvolvidas por psicólogos-pesquisadores inseridos nos campos da Educação Básica e da Educação Superior, durante o período de isolamento social. Em ambos os contextos, e como eixo norteador das discussões, a arte é tomada como instrumento mediador, ou seja, como uma forma de linguagem potente que possibilita a ressignificação de si e do mundo.
Ressaltamos, assim, a importância de o psicólogo escolar reconhecer-se como profissional cujo papel fundamental é o investimento na construção, na manutenção e na transformação dos vínculos estabelecidos entre os diferentes atores inseridos nesses contextos educacionais.