Falar em desenvolvimento da perspectiva da Psicologia Histórico-cultural implica situá-lo na matriz do materialismo histórico-dialético à qual se filiam os conceitos – como consciência, imaginação, mediação, etc – e proposições de Lev S. Vigotski e seus estudiosos sobre o psiquismo humano. Essa condição demanda analisar o desenvolvimento como relacional-desenvolvimental, ou seja, tomá-lo como em permanente processo, movendo-se em várias direções, e considerar as diferentes dimensões/conceitos que o constituem.
Este artigo, de natureza teórico-reflexiva, tem por objetivo problematizar o tema do desenvolvimento na Psicologia Histórico-Cultural, assumindo-o como revolucionário. A partir de estudos e reflexões apresentam-se compreensões que colocam a imaginação no centro do processo revolucionário empreendido pelo sujeito ao longo de sua vida. Ao final, defende-se, a partir de estudos promovidos com estudantes e profissionais de instituições educativas, a proposição da pesquisa-intervenção como método de investigação e ação que põe o fenômeno do desenvolvimento em movimento e possibilita apreendê-lo.
Autores
- Vera Lucia Trevisan de Souza
- Guilherme Siqueira Arinelli
Como citar:
Souza, V. L. T. & Arinelli, G. S. (2019). A dimensão revolucionária do desenvolvimento e o papel da imaginação. Obutchénie: Revista De Didática E Psicologia Pedagógica , 3(2), 1-22. https://doi.org/10.14393/OBv3n2.a2019-51560
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